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1979

- Tem uma guitarra igual à que você está procurando na loja do seu Mário em Copacabana.

Seguindo a dica do amigo, fui até lá e realmente a Snake tipo 335 Vinho estava em ótimo estado,

 

e parecia mais do que o suficiente com a Gibson 335

do John Mc Laughlin, na capa da primeira

revista Guitar Player que comprei, em 78.

O estilo Fusion falou um pouco mais forte nessa escolha, mas como sempre ouvi de tudo, do popular ao erudito, também passei a tocar de tudo e a tentar formar um estilo próprio com todos esses sabores sonoros.

Antes disso, tive aulas de piano aos 9 anos e de violão aos 10. E agora com a tal guitarra, novas aulas, além de teoria musical, violão, ensaios, saraus, outras guitarras, showzinhos, Faculdade, ué! Já se passaram 4 anos!?

É, era apenas um hobby, na mesma época da primeira guit. eu já tinha decidido ser publicitário, ter um ap. com biblioteca, e um Puma GTB Verde, mas depois de um período e meio de Comunicação, La Musique prevaleceu.

Prestei um segundo vestibular ( jovens podem achar a tradução desta frase no google ), agora pra música, e de repente estamos em...

1983

Faculdade de Composição, a guitarra já era uma Fender 62 ( é, esquece... ), já tinha escapado do exército, tirado a carteira da OMB ( na segunda tentativa, na primeira fui tocar guitarra sozinho, os velhinhos da banca não entenderam e me reprovaram, aí combinei com um amigo um duo de guitarra e violão, e fomos aprovados).

A cena musical já estava na onda do BRock, mas eu ainda não tinha embarcado. Nada que assistir a um show do Van Halen e começar a escutar The Police não resolva.

Daí saquei que esse era o tipo de música que eu queria fazer, podendo misturar vários estilos, criando um acompanhamento em torno da melodia vocal, usando todos os recursos técnicos que eu aprendi em todas essas matérias.

O objetivo agora era ter uma banda de sucesso, e aos 30 comprar uma ilha com energia solar. Ai ai, faltou combinar com os russos ( piada futebolística, procurar... ).

Enquanto a saga de tentar emplacar um grupo entre os milhares dos anos 80, se tornava um grande e novo aprendizado, comecei a fazer alguns trabalhos como músico acompanhante de alguns dos artistas desse tal de BRock:

 

1985 – Shows de João Penca e Seus Miquinhos Amestrados com a música “Popstar”.

Desde 1983 vinha fazendo ensaios e alguns shows com minha banda, e dois dos integrantes já faziam parte da banda de apoio do “João Penca e Seus Miquinhos Amestrados”. Apesar do grande objetivo ser o trabalho do próprio grupo, sempre havia a vontade de tocar com algum artista ou grupo já conhecido e eles já tinham um grande hit, a “Popstar”. O guitarrista deles resolveu sair da banda, e fui indicado para substituí-lo. Aí começou uma longa estória que dura até hoje, e sempre, eu espero. O primeiro show foi na Metrópolis, em São Conrado, no Rio de Janeiro, e foi também com eles a minha primeira viagem de avião a trabalho, pra São Paulo, de Electra, um dia lindo, bom começo de “estrada”.

 

1985 – Gravação do disco “OK My Gay” de João Penca e Seus Miquinhos Amestrados com a música Lágrimas de Crocodilo”.

Aí foi a primeira prova de fogo”. O disco começou sendo gravado pela banda dos shows, mas como o produtor era o Marcelo Sussekind, sabíamos que depois de alguns dias, músicos do seu grupo, o Herva Doce, e mais outros músicos de estúdio iriam participar. A cada dia, no final do período ele nos falava se deveríamos voltar no dia seguinte. Eu felizmente voltei pra gravar todas as faixas, e isso me deu uma confiança fundamental pra prosseguir na carreira. Valeu mestre! E pra ficar melhor, gravei meu primeiro hit, a “Lágrimas de Crocodilo”, primeira experiência de se ouvir no rádio, inesquecível!

 

1986 - Shows de Leo Jaime com a música “Rockstrela”.

Ainda em 1985 tivemos nossa grande chance como grupo, sendo convidados pra gravar um compacto pela CBS, com produção do Leo Jaime. Tivemos um bom começo, nossa música de trabalho tocou bem em algumas rádios, mas de repente foi tirada da programação, e ao visitar a gravadora pra fazer uma social e tentar melhorar a situação, recebemos a proposta de tocar com o Leo e também de abrir os shows dele. Ficamos super entusiasmados, e realmente entramos para a banda dele, mas a abertura dos shows nunca aconteceu. Mas foi a primeira experiência em shows de um artista mega bem sucedido, com mais de 10 hits na época, shows lotados, platéia alucinada, uma gig top.

 

1987 – Shows de Cazuza com a música “O Nosso Amor A Gente Inventa”.

No começo de 1987, recebi o convite para integrar a banda do Cazuza, ele estava lançando o LP "Só Se For a Dois" e os primeiros shows foram numa temporada no Teatro Ipanema, no Rio.

 

1987 – Gravação da música “Brasil” com Cazuza.

Ainda em 1987, gravamos a música “Brasil” pra trilha do filme “Rádio Pirata”, e foi a minha primeira gravação com o Cazuza. Tocou bastante nas rádios.

 

1988 – Gravação do disco “Ideologia” de Cazuza com a música “Ideologia”.

No começo de 1988, Cazuza retoma a carreira gravando o disco “Ideologia”, e gravei quase todas as faixas, com destaque para a faixa título, que não tinha teclados, então pude gravar vários canais de guitarra, minha gravação vintage, clássica, histórica, meu rodapé de história, minha marca registrada, sempre terei muito orgulho de ter participado dela.

 

1988 – Shows de Cazuza com a música “Ideologia”.

Com a boa execução de “Ideologia” nas rádios, fizemos alguns programas de televisão, e no segundo semestre, iniciamos um excursão que duraria até Janeiro de 1989 e que seria a última de Cazuza.

 

1988 – Gravação do disco ao vivo “O Tempo Não Pára” de Cazuza com a música “O Tempo Não Pára”.

Aproveitando o sucesso do trabalho, o show é gravado no Canecão, Rio de Janeiro, e é lançada nas rádios a faixa “O Tempo Não Pára”, que também toca bastante.

 

1989 – Gravação do disco “Sucesso do Inconsciente” de João Penca e Seus Miquinhos Amestrados com as músicas “S.O.S. Miquinhos” e “Matinê no Rian”.

De volta aos Miquinhos, começo da fase mais divertida em termos de excursões, o bom humor e a camaradagem imperam, tocando o bom e velho rock’n’roll dos anos 50 e 60, insuperável.

1990 – Gravação da música “Papa-U-Ma-Ma” com João Penca e Seus Miquinhos Amestrados.

Encomendada por uma rádio, acaba caindo no gosto da galera e toca no país todo.

 

The End of The 80's - Sem comentários, parte 2 a seguir.